terça-feira, 12 de junho de 2012

EDITORIAL - DIA DOS NAMORADOS



Dia dos namorados. Enquanto o comercio comemora as vendas, homens e mulheres “quebram” as cabeças por milhares de motivos. Uns por pretenderem originalidade, outros por desejarem que seus presentes falem mais que o amor não demonstrado nos outros 364 dias do ano, outras por sonharem com uma noite sensual, outros também desejam, mas não necessariamente com aquelas outras. Alguns sonham realizar “aquela” fantasia: “será que o outro vai gostar?”. Muitos esperam que o dia inspire uma trégua e resgate o casal que um dia foi. Alguns procuram algum motivo que justifique uma noite diferente, uma pequena minoria desconhece o dia, mas esperam um sinal, por menor que seja de romantismo da minoria à qual está ligado.

Enquanto o dia fervilha em compras e em produções sedutoras e à noite motéis e restaurantes organizam filas de “enamorados” com fome de comida e sexo, um universo paralelo acontece. Cada casal, tenha a idade que tiver, seja amante ou amado, se odeiem ou apenas se desejem, são protagonistas de historias de verdade, longe dos clichês românticos, carregadas de perdões e arrependimentos, separados pela necessidade do dinheiro que sustente suas famílias, com o divórcio como a melhor perspectiva de felicidade e paz ou com as expectativas de amor eterno de recém casados, recém conhecidos, recém namorados, seja lá o que forem ou esperem, o que todos desejam é amor.

Não mais aquele amor de contos de fadas, mas amor verdadeiro, baseado na amizade, nas afinidades ou na tolerância das diferenças delas. Em gostar da forma como o outro come, dorme ou boceja. De levantar à noite para socorrer no caso de uma dor imprevista. Um amor amigo que não repare nos furinhos de celulite, nem na barriguinha que teima em não sair.
Um amor amigo que ache o outro lindo tanto com aquela camiseta velha e desbotada como com aquela roupa que custou os “olhos da cara” e quando você a comprou ficou vários dias arrependendo-se.

Um amor que, passado pela “centrífuga” da vida, o sumo colhido contenha, além da paixão uma grande dose de amizade, companheirismo e um gostar de todas as besteiras, desinformações, manias, mau humores, inconveniências e outras chatices. Porque, de verdade mesmo, na vida real é isso que mais mostramos uns aos outros