quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

TEORIA OBJETIVA

MULHER INTELIGENTE É MUITO MAIS SEXY

Quando dizemos que as inteligentes é que são melhores e, em especial, mais 'sexies' isso soa como uma desculpa esfarrapada para agradá-las, uma espécie de 'Troféu Abacaxi', algo como aquela coisa de 'você não merecia isso', logo depois que alguém leva um pé na bunda.

Mas não é. Há fundamentos objetivos para essa constatação. A mulher inteligente é realmente muito mais sensual. Muito, muito, muito mais. E isso pode ser demonstrado.


A beleza física é fundamental na atração imediata e, de certa forma, ela contribui na sensualidade. É aquela coisa instantânea, imediata, que sem dúvida é muito importante - embora algumas teorias de bom-mocismo finjam que não seja relevante.


Mas, como digo, é mais imediato. Serve para atrair, chamar a atenção e pronto. Daí em diante, é preciso mais - e todos sabemos dessa parte teórica. O importante aqui é ter em mente o seguinte: para prestigiar a inteligência não é preciso desprestigiar a beleza física.


Bem ao contrário: a supremacia da mulher inteligente não se dá pelo fato de que a beleza é uma bela porcaria. Nada disso! A beleza física é, sim, interessantíssima. A questão é que a inteligência - e tudo aquilo que a acompanha - é AINDA MAIS INTERESSANTE. Esse é o centro de tudo.


A mulher inteligente é mais sensual por ser quase sempre mais ousada (e lasciva). Não é uma safadeza relacionada à promiscuidade, mas sim ao fato de que, por ser inteligente, é obrigatoriamente menos atrelada a amarras morais e mais aberta a experiências e aventuras.


Uma moça bonitinha e burrinha pode, por exemplo, participar de um ménage, mas muitas vezes faz isso ou por curiosidade ou por modismo. A inteligente, quando embarca numa dessa, faz com vontade. E a diferença é gritante.


Uma tara explorada pela vontade e pelo gosto é a certeza de que será vivida em sua plenitude; ainda que depois nunca mais aconteça. Quando a coisa é feita pelo puro bafafá, por melhor que seja, sempre fica aquele ar meio "fake". A diferença é basicamente essa.


Com uma mulher inteligente, é possível mergulhar em todo tipo de fantasia, maluquice, loucura, tara etc. Porque ela não somente compreende, mas em geral também gosta – e tem coragem de expor os seus desejos.


Mulheres inteligentes pensam mais e melhor. Mulheres inteligentes fantasiam mais e melhor. Mulheres inteligentes não têm tempo para bobagens moralistas. Mulheres inteligentes dão um banho em qualquer bonitinha burra.


Além de mais sensuais e sedutoras, mulheres inteligentes são apaixonantes, porque sua sedução vai além da cama. Seduzem no papo, seduzem nas idéias...


E se deixam seduzir.

MARIA DE LOURDES MENDONÇA TIMBÓ (recebeu de um amigo e desconhece o autor)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

QUERIDO TRAVESSEIRO,

Resolvi escrever-lhe depois de comprovar e reconhecer sua importância na minha vida. Não! Não estou falando de conforto físico e o senhor sabe muito bem disto! Levei toda minha vida dormindo em travesseiros de espuma, e só, muito recentemente, mudei para um mais sofisticado, recheado com penas de ganso. Aliás amigo, se um travesseiro não der conforto, não faz o minimo pela cabeça que acolhe. Acolhe? Há controvérsias!

Todos os dias da minha vida, na hora de deitar-me, falo do meu prazer em fazê-lo, mais motivada pela trégua do sono e pelo outro travesseiro ao lado que acolhe a cabeça do meu marido, do que pelo conforto que você me oferece. Por isso coloco em duvida sua capacidade de acolhimento.

Por favor, responda-me uma coisa: por que, quando nos aproximamos, voce teima em pintar minha vida de cores tão fortes? Sei que não sou mulher de "mais ou menos". Mas os tons poderiam ser mais claros! Vibrante como o amarelo mas aliviar, de vez em quando, com um rosa clarinho. Adoro verde, voce sabe disso, é a cor da esperança, quem não precisa dela?! Quando tudo parece azul, voce aparece e pincela tudo de cinza e me deixa desnorteada. Isso é sadismo ou vai me dizer "que a vida é assim mesmo?". Vermelho! Vermelho sim! Mas vinho, como um cálice de sangue? Até Cristo pediu ao Pai para afastá-lo de si!

Quando não adormeço logo, você, perversamente, começa a colocar demônios na minha cabeça, me incita a fazer questionamentos insolúveis, a não ver com orgulho minhas conquistas, a não olhar com condescedência minhas derrotas, a culpar-me pelos meu erros e omissões que sei, são muitos, graves e assumidos! E ainda, como se não bastasse, muitas vezes, aponta-me soluções que sabe, muito bem, não tenho coragem nem força para colocá-las em prática.

Quando, depois de muito esforço e química consigo adormeçer, voce enche meu sono de pesadelos, e se o sonho é bom, trata de acordar-me no meio da noite! Aí, tudo recomeça, com direito a fantasmas, medos a ponto de fazer-me ranger os dentes! Sabe que sou ansiosa, tenho bruxismo e isto é covardia!.

Ainda não decidi, qual a sua, comigo. Amanhece o dia e todas aquelas entidades, malévolas e bondosas imaginárias desaparecem, assim como a trégua do sono é suspensa. Você, sadicamente, empurra-me para a realidade e eu, masoquistamente, morro de saudades de voce! Mas, tenho força para continuar e esperar a noite e, de novo, reencontrá-lo. Ainda não sei se para me acolher ou para me infernizar...

ALICE ROSSINI

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

APRESENTAÇÃO

Hoje, 18 de fevereiro, está nascendo esse Blog, a quem chamaremos VERSO&REVERSO.

A idéia que inspirou seu nome foi a da liberdade e a aversão a tudo que a violente. Portanto, aqui pretendo que sejam registrados todos os fatos, conquistas, emoções, duvidas, angustias, alegrias, indignações que pareçam relevantes a todos que queiram dele participar. Assim o cotidiano, com todas as suas contradições, serão escrito, descrito e compartilhado..

Uso da prerrogativa que me confere a autoria da idéia e escolho, não por acaso, esta data, tão especial para mim quanto para todos que tiveram o privilégio da sua convivência: estaria completando 46 anos, ingressando conosco na ERA DE AQUARIUS a mais aquariana de todos os aquarianos que conheci; KILMA se já não estivesse morando com as estrelas, em algum lugar do Cosmo.

A ela dedico a marca desse Blog – uma rosa vermelha - e para ela escrevi o texto que o inaugura.



PARA KILMA...

Falar de alguem que representou um pouco de tudo na sua vida, apequena o quanto de tudo este alguém foi importante. Falar que representou tudo, limita e indefine o conceito de tudo, que, por si só, ja é um conceito vago.

Pessoas especiais prescindem de definições sobre a importância medíocre que emprestamos às coisas. Sua singularidade, por si só, transcende sua trajetória, suas ações, seus defeitos e suas virtudes. Portanto, suas vidas, como todo conceito de vida, não se justificam no começo e são incompreensiveis quando findam. Aparecerem e desapareceram sem deixar motivos, só perguntas.

Daí a minha dificuldade de falar dos vários significados da existência de KILMA na minha vida e de quantos foram privilegiados pela sua convivência. Não que KILMA fosse um ser perfeito e cheio de virtudes. Sua maior qualidade estava no equilibrio perfeito que nos fazia buscar os defeitos quando se fazia virtuosa e ansiar pelas qualidades, quando os defeitos incomodavam. Um ser de luz. Muitas vezes ofuscava e não raro iluminava. Como luz, preenchia todos os espaços, esgueirava-se pelas frestas e atravessava feliz e despreocupada as transparências. Sua presença jamais passava despercebida, tanto no passado quanto no presente, aparentemente, vazio. Ainda hoje, nego-me a pensar em KILMA, como se vivêssemos em diferentes dimensões, tal a minha convivência constante com suas lembranças.

Sua presença na minha vida evidencia-se nas mais tolas circunstâncias do meu cotidiano. Quando não acordo com seu telefonema madrugador, pois nunca reconhecia meu hábito de acordar no meio da manhã. Quando chego para o almoço e a comida não mais esfria no prato pelo silencio do telefone, que fazia mais aguda, a sua voz metálica. Nem quando avisava-me que um simples engarrafamento lhe motivara a interromper, seja lá o que eu estivesse fazendo. Ou quando perguntava-me em outubro qual minha programaçao para dezembro.

Era e continua ser invasiva. Invade minha mente há cinco anos! Num dos meus sonhos, foram apenas tres, estava tão próxima e tão densa, que o calor de sua pele quase diminuiu minha saudade.

Convivíamos com muitas diferenças mas aconchegávamo-nos com o que tinhamos em comum. Quando me fragilizava, encontrava compreensao e força. Quando ela exagerava, puxava o freio de mão da sua alma límpida e desarmada, impedindo que colidisse na crueza do mundo.

Sentia, pela modulação da sua voz, quando manipulava situações que a favorecessem, quando algo a preocupava ou, quando, numa tarde qualquer, no meio da rua, ao perguntar-me, em tom casual, "se estava sentada", prenunciei sua milagrosa e até então impossivel gravidez.

Cuidado de mãe? Dependencia de filha? Carinho de irmã, Sintonia de amiga? Ainda hoje, desde o dia que a conheci, durante os eternos e fugazes dez anos que convivemos, à noticia que uma bala assassina e sem sentido tirou-a de nós, até o dia em que minhas mãos impregnaram-se com suas cinzas e obrigaram-me a jogá-las ao mar, nunca consegui definir porque a vida me fez encontrar e desencontrar KILMA. Procuro até hoje, o sentido de tudo. Do ganho de tê-la conhecido até a perda que me impede poder tocá-la.

Tudo foi muito intenso e o vazio impreenchível. Carece de sentido meu contato com KILMA, tanto quanto transborda de sentido sua "curta" e intensa existencia. Mãe, filha, amiga, médica e mulher. Tudo exagerado, tudo demais, como só sabia fazer e, em tempo integral. Não dava trégua, como prevendo sua brevidade nas nossas vidas.

Pergunto-me até hoje, procurando entender a lógica que rege a existência, por que ela? Que não tinha "vergonha" de ser feliz, embora muitas vezes não o fosse. Por que ela, que tantas vezes não quis reconhecer as dificuldades da vida, embora "sempre desejada, por mais que esteja errada?" Se pudesse responder-me, simplesmente, diria, sorríndo vermelho, sua cor preferida "é a Vida, Anta, é a Vida...!

Alice Rossini