sábado, 19 de junho de 2010

EDITORIAL

Acho que se Jose Saramago lesse este editorial,certamente ficaria muito zangado. Porque ao ouvir a noticia da sua morte ontem pela manhã, senti a sensação que a humanidade perdeu um dos homens mais importantes para, pelo menos, dois séculos.

Esta importância que lhe confiro ele “esnobaria”, pois era um homem simples, capaz de apaixonar-se, capaz de viver este amor e conviver com seu talento com a mesma naturalidade com que observava a beleza da paisagem mágica que o acompanhava através da janela da sua biblioteca.

Mais que a Literatura fica órfão um valioso arcabouço de princípios éticos, políticos e sociais que se mantiveram coerentes até o inicio da manhã do dia 18 de junho. Avesso a qualquer tipo de censura banhava de modernidade o que para alguns ainda são necessárias a violência e o arbítrio.

Perde o mundo mais que um escritor. Perde um homem livre, que mantinha a jovialidade de ser critico voraz das causas que acreditava justas, que compreendia as circunstâncias históricas, aceitando-as ou rejeitado-as com a mesma desenvoltura e coragem.

Uma das maiores e mais nocivas “intermitências da morte” é acordarmos e descobrirmos que alguém, tão importante para o crescimento da humanidade, “não estar mais aqui”, como diria ele.

5 comentários:

Luciano Silva disse...

Saramago será mago por sua simplicidade, humanidade e talento.

Bjo irmã!

Penha Castro disse...

A lamentável perda de um homem justo, humilde e libertário. Nunca abriu mão do direito inalienável de falar o que pensava.

A liberdade perdeu um grande aliado

Aparecida Matos disse...

Em tempos de omissos e alienados, perder alguem que, mesmo numa ilha longínqua fazia tanto "barulho" e gerava tanta polêmica, que levava a reflexões "incômodas" nos fará uma enorme falta

RICARDO FARIAS disse...

PARABENS AO VERSOREVERSO PELA BONITA HOMENAGEM AO SARAMAGO.

ZEUS disse...

Claro que voce sentiria a morte de Saramago. Qualquer pessoa que escreve,que tem sensibilidade,que é inteligente e adepta da liberdade, com certeza, sentiria muito a sua morte. Assisti ao filme, "Ensaio sobre a cegueira", dirigido por um brasileiro e fiquei encantado com a delicadeza do filme.

Seu Blog foi muito feliz em reunir-se ao mundo na dor da sua perda