terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

COLESTEROL BOM X TREINAMENTO AERÓBICO

A MELHORA DOS NIVEIS DE COLESTEROL BOM (HDL-C) É INDUZIDO PELO TREINAMENTO AERÓBICO DE ALTA E BAIXA INTENSIDADE
Atualmente a doença cardiovascular tem sido a maior causa de morte em âmbito mundial, classificada como uma doença degenerativa entre as que quais mais causam prejuízos sociais.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) as doenças cardiovasculares origina-se por patologias relacionadas ao coração e vasos sanguíneos. Entre elas inclui: doença cardíaca coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial periférica, doença cardíaca reumática, cardiopatia congênita e insuficiência cardíaca.
Se as tendências atuais continuarem, até 2015 estima-se que 20 milhões de pessoas morrerão vítimas de doenças cardiovasculares, principalmente a partir de ataque cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.

Contudo a mudança de hábitos mais saudáveis no estilo de vida das pessoas pode contribuir para a preversão deste quadro, fazendo este um fator determinante em prol desta causa. A prática de exercícios aeróbios regulares acompanhados de uma nutrição balanceada está extremamente relacionada à redução desses riscos, e os estudos mais recentes nos comprovam tais benefícios, que esta modalidade associada à boa nutrição tem agregado a centenas e milhares de adeptos ao passar dos anos, independente de idade, cor ou etnia.

Assim o valor do exercício aeróbio regular na redução do risco de doenças cardiovasculares e aumento nos níveis plasmáticos da lipoproteína de alta densidade colesterol (HDL-C O BOM COLESTEROL) têm recebido ampla aceitação. Pesquisas atuais e evidências sugerem que o HDL - C é um componente preditor negativo de doenças cardiovasculares, sugerindo que o baixo HDL- C traz um grande risco cardiovascular.
Um mecanismo mais bem compreendido do HDL- C para sua proteção cardiovascular é o transporte reverso do colesterol que, inclui a remoção do excesso de colesterol da parede arterial a partir das membranas celulares e tecidos periféricos como também a remoção de macrófagos. Os macrófagos são um tipo de glóbulos brancos que começam suas vidas como monócitos. Monocytes are produced in the bone marrow and circulate throughout the bloodstream. (Os monócitos são produzidos na medula óssea e circulam em toda a corrente sanguínea). When an infection or inflammation triggers a response, the monocytes can leave the blood stream and enter other tissues and organs in the body. (Quando uma infecção ou inflamação desencadeia uma resposta, os monócitos deixam o fluxo de sangue e entram em outros tecidos e órgãos do corpo). After leaving the blood stream, monocytes develop into macrophages or dendritic cells. (Depois de sair da corrente sanguínea, monócitos desenvolvem-se em macrófagos, ou células dendríticas), substâncias transportadas pelo HDL- C para o fígado e excretadas na bílis (principal via de eliminação), com reabsorção de cerca de dois terços do (ciclo êntero-hepático).

Além do transporte reverso do colesterol, o HDL-C apresenta diversas atividades antiaterogênicas que contribuem para sua capacidade preventiva contra doenças arteriais coronariana com ações: anti-infamatórias (inflamação endotelial), antioxidante (Oxidação da lipoproteína de baixa densidade-colesterol LDL- C o MAU COLESTEROL), ação vasodilatadora (promove a produção endotelial do óxido nítrico), diminuição de agregação plaquetária e coagulação, além da integridade da ação do endotélio.
Segundo Kodama et al. existe uma crescente aceitação do efeito que o exercício aeróbio regular tem sobre o aumento nos níveis de HDL- C. O mais sustentado e distinto efeito do exercício sobre as lipoproteínas é o aumento do HDL-C circulante.
Portanto já é de consenso que o exercício aeróbio regular atua de forma terapêutica e preventiva sobre as doenças cardiovasculares, contudo a duração e intensidade na qual os efeitos positivos tornam-se evidentes ainda não estão bem esclarecidas. Apesar deste fator, algumas revisões literárias nos apontam tais benefícios.

Em um estudo realizado por Ducan et al. (27) realizado com 492 indivíduos concluiu que o treinamento de alta intensidade e alto volume foi a única intervenção que produziu efeito significativo sobre os níveis plasmático de HDL –C. Outro estudo realizado por Slentz. et al (28) com 249 indivíduos sedentários com sobrepeso concluiu que somente o treinamento de alta intensidade e alto volume realizados sobre a supervisão do fator de segurança pode resultar em melhorias sustentadas na modificação do BOM COLESTEROL, sendo mais uma vez o volume do treinamento por sessão o mais importante preditor de alteração no HDL-C.
A grande prova desta evolução é a crescente desta atividade quem ocorrendo durante a década, acompanhada dos eventos de corrida que toma as ruas e cidades de todo o mundo e com ela, vem crescendo os investimentos e especialistas neste setor.
Não obstante a toda essa evolução, atualmente as pessoas tem encontrado na caminhada e na corrida de rua, a oportunidade de realizar uma atividade física de baixo custo e de altos benefícios para saúde, desde que acompanhada pelo aval de seu cardiologista e uma equipe multidisciplinar, ou por um profissional de Educação Física capacitado para o desenvolvimento desta atividade dentro dos seus padrões de segurança.

Agora que já sabes de todos esses benefícios é só se preparar para iniciar.

Referência:
Moturama M, Silva P.J, Lima C.P. W, Junior C. L.
REVISTA BRASILEIRA DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
(volume 09 – número 03 jul/Set 2010)

LUCAS OLIVEIRA
WORKOUT TEAM

6 comentários:

Alice Rossini disse...

Embora ja seja amplamente difundida a necessidade da prática de qualquer atividade fÍsica, ler um texto que explica, cientificamente, como e porque isto é necessario é um serviço de utilidade pública, num pais onde as estatisticas apontam para a alta taxa de mortalidade decorrente de cardiopatias.
A prática de Forma preventiva é uma ajuda que damos à nós mesmos.
O texto está claro, didático e bem fundamentado.
Parabens!

Luiz Augusto Vaz disse...

Minha Querida Alice..
Passei minha vida correndo do sedentarismo pois,sempre foi adepto do exercício físico.O paraquedismo que o diga.Nem assim me livrei da cardiopatia grave que foi detectada em mim em 1978.Feita a cirurgia de ponte de safena e mamária,tenho levado a vida com muito remédio.Digo que: O Brasil tem cinco títulos mundiais,eu tenho 07 remédios.Paralelo aos medicamentos,não descurei de uma diéta sem gordura e sem açúcar sempre que possível.Já se vão 12 anos que retirei de minha dieta: carne vermelha,frutos do mar,víceras de animais, e outras "cositas mas" que em sendo gostosas,fazem estragos a saúde.Minha cerveja é água tônica.Diáriamente,caminho em média 10 kms.Vamos vê até onde posso ir. tenho mantido meu peso abaixo da marca de obesidade para minha massa corpórea.Faço Xecap cardiológico de 04 em 04 meses.

RICARDO disse...

MUITO ÚTIL O ARTIGO DO FROFESSOR LUCAS. ESTE TIPO DE HÁBITO, PRINCIPALMENTE QUANDO FEITO PRECOCEMENTE, PODE EVITAR MUITOS DANOS À SAUDE, SEM FALAR NO RELAX QUE A ATIVIDADE AERÓBICA PROPOCIONA.
MUITO BOM!

AMANDA disse...

De utulidade pública este artigo. Vou divulgá-lo o máximo que puder, inclusive entre os jovens para que combatam desde cedo, pelo menos, um mal que podem evitar.É muito bom a gente ler, de forma fundamentada, o que sabemos leigamente.
Adorei!

Anônimo disse...

Muito bom o artigo. Adorei!!!!!

VIC disse...

Sempre soube que existia esta ralação "do bem" entre atividade aeróbica e colesterol bom. Mas é muito bom ler e saber como e porque isto acontece.
Excelente artigo, parabéns