domingo, 11 de agosto de 2013

EDITORIAL


Mais uma comemoração pelo “Dia dos Pais”. Na mídia, a apologia sobre a necessidade de participação paterna na vida dos filhos. Existem pais que só inseminam sua ou uma mulher qualquer e, logo, esquecem as possíveis consequências do que fizeram. Está também cada dia mais comum, o propalado instinto materno ser jogado em latas de lixo.

Quando esta relação entre pais e crias se esgarça, há um fértil campo para reflexão. Afinal, a finalidade biológica do ser humano é perpetuar-se como acontece, e é cada vez mais passível de proteção, em outras espécies.

Não de pode generalizar que todas as mulheres possuam o instinto materno. Apesar de toda a carga hormonal e cultural puderem determiná-la, esta verdade não é absoluta. Imaginem os homens, cuja idéia de ser pai e consequente obrigação de cuidar e proteger só se concretizam nove meses depois, com a cria nos seus braços, tornam estes sentimentos e suas consequências cada vez mais controversos.

Homens são diferentes de mulheres em quase tudo. Inclusive e, principalmente, no exercício da paternidade. Hoje em dia, até filhos perderam a referência do que seja amar a quem lhe deu a vida. Até porque, tanto podem ser frutos de uma ardente vontade, impregnada de sentimentos elevados, como frutos de um contato casual, onde nenhum sentimento altruísta e responsável permeie a relação. Considerando que todo sentimento deve ter uma estrada que leva e outra que traz, há que se refletir porque os questionamentos do primordial exercício de ser Pai, Mãe e Filho estão sendo exercidos de forma criminosa, deformada e irresponsável.

Entretanto, a família ainda é uma célula aceita e necessária em todas as culturas e credos, respeitadas os respectivos modelos. E, a maioria da humanidade ainda a respeita e deseja resguardá-la. Apeguemo-nos, então, a este traço cultural, preenchendo-o de sentidos, para que a continuação da vida nos traga o conforto do carinho, do amparo e da perpetuação dos genes que nos eternizam.

7 comentários:

PENHA disse...

Todo mundo tem um pai, mas nem todo filho enxerga o sentido de ter um pai. Somente quando não o tem mais. É muito triste.

AMANDA disse...

Meu pai morreu ano passado.Ainda tenho um avô e sogro maravilhosos. Mas a saudade de meu pai é eterna. Ninguém o substitui.

ZEUS disse...

Editorial afinado com os sentimentos que, infelizmente, a vida e as midias estão passando.
Para em tem uma familia estruturada e informado, é um texto pesado mas, realista

Rose disse...

Ontem para mim foi um dia alegre. Apesar de não ter mais meu pai, minhas filhas tem um, maravilhoso.

Seu EDITORIAL está realista e desmitifica relações absolutas

Maria Amélia Amoedo disse...

Voce tem razão, embora tenha sido muito dura numa data tão significativa. A gente so sabe e ouve tragédias, que tornmm qualquer comemoração alvo de reflexões tristes e carentes de esperanças

Anônimo disse...

Meu pai! Que saudade, do tempo que lhe tinha perto de mim e o mundo menos violento. Este EDITORIAL me tocou muito.

RICARDO disse...

VOCE CONSEGUIU COLOCAR EM PALAVRAS, ADEQUADAS E EQUILIBRADAS, O INFERNO ASTRAL QUE AS RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS ESTÃO ATRAVESSANDO. ESTOU COM VONTADE DE ME MUDAR PARA MARTE OU VIVER, COMO EREMITA, NUMA FLORESTA. QUE TRISTEZA