sábado, 6 de junho de 2009

SUNTENTABILIDADE É O NOME DO NEGÓCIO

Pois é, estamos perdidos mesmo. São tantas as razões, os argumentos as normas e leis que nós, comuns mortais, já nao sabemos para que lado nos virarmos. Se fosse só isso seria facil, mas não é assim. Tambem existem os interesses que podem fazer o preto virar branco, e o branco tornar-se preto, assim mesmo, rapidinho, na hora e por decreto!
E inegável que todos nós já estamos cansados de ter que engolir definições do que e ambientalmente correto, vindos de grupos que eventualmente agem em defesa de interesses opacos e ainda por cima, de competência duvidosa sobre a materia.

Muitos projetos, obras e programas têm sido proibidos, suspensos e sempre com resultados nefastos a cofres públicos e privados; tudo sempre em favor da política e dos interesses políticos do momento ou do lugar, e, muito pouco em defesa ou proteção do ambiente e da justica social. Porém, sempre em nome deles. Não devemos nem podemos esquecer que não são somente os mandantes nem os governos que podem tomar decisões sobre este assunto tão serio. A sociedade como um todo tem que participar ativamente das decisões que pretendem gerar ações no sentido de proteger o meio ambiente.
A protecão ambiental é a prática de proteger a nível individual, governamental e organizacional, o pouquinho que ainda sobrevive, para beneficio da qualidade de vida dos Seres Humanos e da propria fauma e flora que ainda vivem neste planeta, e que seguirão vivendo depois de nós.
Devido á pressão da evolução tecnológica e dos diversos setores da sociedade, principalmente da população que vê seus recursos naturais desaparecendo em prol do lucro de alguns, o meio ambiente biofísico tem sofrido degradações aceleradas e, em alguns casos, de forma permanente. Desde 1960 que se começou a ver reconhecimento por parte de alguns governos que estabeleceram tímidas e insípidas medidas contra a degradação ambiental. No entanto, estas medidas foram uteis para criar consciência sobre os mais variados temas criando o que se pode chamar ativismo ambiental. Não existe até hoje um concenso sobre a extensão do impacto ambiental e, muitas medidas de proteção são muitas vezes criticadas. É aí, que mentes ambiciosas que exercem o poder de alguma sorte, se aproveitam desta confusão para obter todo o tipo de vantagens utilizando o “estar politicamente correto” em detrimento da verdade social!
A proteção ao meio ambiente se faz urgente por muitos motivos. O lixo, a poluição, a redução da nossa biodiversidade, a introdução de espécies invasoras, a criação e lançamento de organismos geneticamente modificados, os tóxicos, a diminuição da pesca natural, sao alguns dos assuntos mais urgentes. O Movimento Conservacionista, tambem conhecido como conservacão da natureza tem que ser um movimento político, social e científico, com o único objetivo de harmonizar a proteção e conservação dos nossos recursos, garantindo seus habitats no presente e no futuro, mas salvaguardando em primeiro lugar, o desenvolvimento e o bem estar da populacao em GERAL. O movimento contemporâneo conservacionista tem alargado sua ênfase com a utilização sustentável de recursos e preservação total de áreas em estado natural para manter intactas as biodiversidades. Alguns ambientalistas se dizem pertencer a um movimento mais amplo eliminando a palavra Sustentabilidade. Outros a usam em seu beneficio e de forma a favorecer sua agenda pessoal. Na minha humilde opinião, a conservação ambiental tem que ser vista de forma diferente ao ambientalismo, pois ela tem como objetivo preservar os recursos naturais unicamente para o uso sustentável pelo Ser Humano. Não se pode conceber proteção ambiental se isso colocar em risco o desenvolvimento e a qualidade de vida da raça Humana. A situação ideal, é que o Conservacionismo busque horizontes mais amplos que incluam a separação de áreas intocáveis onde se proteja ativamente a fauna em seu habitat natural pelo seu valor inerente ao meio ambiente e não pelo valor que o mesmo possa “significar” para o Homem
Desde a reunião do Rio de Janeiro em 1992, se tem discutido frequentemente sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade mais abertamente e mais claramente e de forma a substituir ideologias ecologicamente orientadas e bem mais antigas. Isto, em paralelo com o estabelecimento de um movimento global anti-globalizacao, nos últimos anos da decada de 90, pode ser visto como seguimento ao movimento ecológico. (Declaração sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio de Janeiro). Adicionalmente e infelizmente, existem muitos individuos e grupos que acreditam em processos mais lobistas e politizados, ou mais cientificos do que, propriamente, em processos ativistas.
Embora o Partido Verde tenha a suas raizes no movimento ecológico, ele e um movimento separado. Os Verdes políticos têm suas preocupações e prioridades mais voltadas para as questões da justiça social que vão alem dos temas e preocupações ecologicas. Hoje em dia, o termo Movimento Ecológico, está frequentemente associado com uma tendência mais moral, mais confrontacional e mais rigorosa tipo Greenpeace ou qualquer outra O.N.G. que adote o tema da proteção em favor de fortes medidas de prevenção, fundamental para a bio-segurança e a biodiversidade. Estes grupos são, notoriamente, adéptos de ações diretas.
Em alguns lugares do mundo ja existem exemplos de alas radicais de movimentos ecologicos (Earth Liberation Front e Anarchist Golfing Association) se opondo e atuando de forma ilegal com destruições e sabotagens. Outros destroem capital infra-estrutural vendo-o como atividades violentadoras da natureza. Autênticos guerrilheiros que adotaram ações extremas de ataque como opção de defesa.
Entretanto, esperemos que este molho de ações independentes e descoordenadas não se radicalize se dedicando a algo pior em defesa dos mosquitos da Avenida Paralela, por exemplo!
Os temas de sustentabilidade sao geralmente expressados em termos ambientais e cientificos, mas, a implementação de mudanças é um desafio social que inclui, entre outras coisas, LEIS nacionais e internacionais, PLANIFICACAO URBANA e de TRANSPORTE PUBLICO, estilos de vida locais e individuais, e por fim, CONSUMISMO ÉTICO.
As relações entre os direitos humanos e o desenvolvimento humano; o poder corporativo e a justica ambiental; a pobreza globalizada e as ações de cidadania; sugerem que a Cidadania Global é um elemento inevitável e impossível de se ignorar no que, à primeira vista, parecem ser simplesmente problemas de consumismo pessoal e escolha moral.
Perturbações sociais como guerra, crime e corrupção, desviam recursos de áreas de maior necessidade social e humana. Danificam a capacidade que a sociedade tem de planificar para o futuro e geralmente ameaçam o bem estar Social e o meio ambiente. Estratégias em longo prazo para um sistema social mais sustentável incluem: melhoria dos sistemas educacionais, maior empenho para melhorar a justiça social, principalmente no que respeita a igualdade entre ricos e pobres tanto nacional como entre fronteiras, e por fim, mas nao menos importante, igualdades entre gerações.
Posto tudo isto, eu não vejo como e que se pode gerar denuncias e problemas que se resumem a criar conflitos de interesses, de toda natureza, sobre uma área ínfima no meio de uma cidade que não pára de crescer. Talvez, se houvessem mais interesses em diminuir o crescimento vertical de Salvador em beneficio de um crescimento mais horizontal, estariamos em uma cidade mais limpa, mais verde e muito, mas muito mais Humana. O Brasil e um país extenso com uma densidade demografica ínfima quando comparado com a maioria dos países deste planeta. Entretatnto, no reino do “jeitinho”, o problema persiste e na resolução do mesmo aparecerão heróis e vilões. Por enquanto, todos e cada um de nós, podemos ir fazendo a nossa parte, reciclando, selecionando para reciclar, reflorestando ou nos reunindo para reflorestar - tremendo programa de final de semana - protegendo, limpando, nos negando a consumir produtos de procedência ilegal ou conhecidamente prejudiciais ao ambiente, entre outras medidas.
Finalmente, é muito difícil convencer a Sociedade em geral, ricos, pobres e remediados, que não se protege o ambiente embargando obras já autorizadas, com milhares de empregos gerados em relacão as mesmas, e localizadas no meio de uma cidade capital. O que se vê em todo este projeto na Paralela, e um completo descaso por parte da perfeitura no que tange a um projeto de desenvolvimento urbano/ambientalista que faça nossa cidade crescer de forma SUSTENTÁVEL.
Fica difícil vender de uma forma óbvia e racional, a ideia de que a iniciativa privada padeça, porque o trabalho básico de planejamento e urbanização que deveria ser feito pelos governos, nao o foi!


Fernando Trovador

5 comentários:

Marco Rossini disse...

pois é, fernando. do jeito que as coisas estão configuradas aqui na bahia, eu aposto 10 contra hum que não teremos copa do mundo na bahia. nossos valentes promotores vão procurar tanto pelo em ovo que nada será feito. triste fim da bahia.........

Mariana disse...

Muito boa sua análise sobre as preocupaçoes ecologicas. Também concordo que o homem tanto é culpado pelo desequilibrio como deve ser o destinatário da preservaçao do planeta.

Dizem que somos seres dotados de raciocínio. Até aí concordo. Inteligencia, acho, perdemos para muitas outras espécies.

Izabel disse...

Fernando, vc realmente é um homem muito corajoso – e a coragem é uma das qualidades que mais admiro! A preocupação com o meio ambiente é uma questão UNIVERSAL... O homem tanto é culpado pelo desequilíbrio como deve ser o destinatário da preservação do planeta, como diz uma leitora do blog. Siga em frente com suas provocações e eu serei uma leitora reflexiva das suas colocações.
Obrigada, por mais uma reflexão!!

Izabel

Vitória Régia disse...

É isso aí Fernando, qualquer ativismo ecológico tem que ter o homem como principal beneficiário. Até porque, quando a coisa pega é ele quem debruça-se em pesquisas e estudos para reverter seus próprios erros.

Muito bem fundamentado seu texto. Percebe-se uma vasta experiência de vida o que lhe dá um entendimento real das engrenagens que movem o mundo

Adorei!

Paulo disse...

Fernando,

Sua tese sobre o meio ambiente me deu um certo alivio. Achava que era arrogante e pretencioso por colocar o SER HUMANO no centro da causa ecologica. Se somos culpados ou inocentes, cada um que vista sua carapuça. Mas que somos os destinatários das politicas que podem minimizar os efeitos do que ja degradamos, isto é fato e graças a Deus que tenho companhia quanto a este pensamento!

Parabens!